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O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (Stiupb) repudia a atitude da direção da Cagepa que tenta, a todo custo, desmobilizar os mais de dois mil trabalhadores da empresa que estão em greve desde o último dia 16.
A empresa vem tentando o apoio do Ministério Público da Paraíba (MPPB) para acabar com a greve dos servidores. Respeitamos a autoridade do MPPB, mas destacamos que o órgão não tem competência para mediar à negociação do Acordo Coletivo do Trabalho 2014/2016.
O órgão competente para mediar à negociação é o Ministério Público do Trabalho (MPT). Com isso, o Stiupb, representante legal dos trabalhadores, reafirma à sociedade paraibana que está disposto a reabrir as negociações relativas ao Acordo Coletivo do Trabalho 2014/2016 com a direção da empresa no MPT, desde que a direção da Cagepa apresente uma proposta digna à categoria.
Afirmamos também que estamos em greve não apenas pelo reajuste salarial ou do ticket alimentação, mas também por melhores condições de trabalho. Nosso movimento paredista está seguindo a Lei de Greve e, consequentemente, mantendo o funcionamento do setor de distribuição de água à população paraibana.
Nesses últimos dias, a empresa vem assediando moralmente os trabalhadores para que eles voltem ao trabalho à força, além de solicitar apoio policial com o objetivo de intimidar a categoria. A empresa também tenta a todo custo empurrar de “goela abaixo” um reajuste salarial que não condiz com as reais necessidades da classe trabalhadora, que nos últimos anos vem sofrendo perdas salariais tanto em relação ao salário mínimo como em relação à inflação.
Prova da prepotência e arrogância da direção da Cagepa é que mesmo após os trabalhadores recusarem a última proposta apresentada por ela na última mesa redonda, no Ministério do Trabalho e Emprego, em Campina Grande, a empresa efetuou de forma autoritária o reajuste de 6,54% no contracheque dos trabalhadores.